O real sentido das práticas do Yoga....
- Maria Pontes
- 1 de set. de 2019
- 2 min de leitura
Muitas pessoas vêem o yoga como uma simples prática física, como a realização de belas e complexas posturas...mas desconhecem que por trás dessas práticas existe uma filosofia de vida...
Então, é muito comum alunos perguntarem: quantas aulas serão necessárias?
Receberá a resposta na prática, sendo que esta resposta será dada por cada praticante a si próprio, pois perceberá que quanto mais praticar maior serão os benefícios e maior será a busca de cada um que estiver envolvido neste processo de auto conhecimento...
Primeiramente o foco da práticas do yoga não é o corpo e sim a mente. Então o corpo serve de instrumento para que o praticante atinja um estado mental tranquilo...
Algo que não pode fazer parte das aulas é a vaidade, porque o que importa não é que o
praticante consiga realizar os ásanas (posturas) mais complexos, mas que, dos que ele
conseguir realizar, consiga permanecer com estabilidade e conforto o maior tempo possível...sempre respeitando o próprio limite.
O objetivo das aulas direcionadas por um instrutor não é a dependência do aluno para a realização das práticas, pois o ideal é que essas práticas sejam levadas para o dia-a-dia de todos, inclusive a filosofia de vida que é baseada nos ensinamentos de Patanjali, o grande filósofo indiano, no século VI a.C e descrita por TAIMINI, I.K. no livro: A ciência do Yoga.Lembrando que Yoga não é religião e sim uma filosofia de vida, pois a verdadeira prática stimula o praticante a entrar em contato com aspectos que o faz refletir sobre as causas da dor e do sofrimento (Ignorância/perda da sua própria natureza, ilusões/ apego ou raiva, ódio, aversão por alguém ou algo/ apego à vida mundana) e sobre os Yoga-sutras ou Astanga-yoga, ou seja, aspectos que ensinam a evitar as atitudes negativas e a cultivar as atitudes positivas.
Dentro dos Yoga-sutras encontramos oito partes correspondentes: Yamas ou comportamentos sociais (não- violência/ verdade/ honestidade/ controle dos atos inclusive sexualidade/desapego) , Nyamas ou comportamentos pessoais (purificação em todos os sentidos: físico mental e emocional/contentamento ao que já possui/ perseverança e disciplina/busca de auto conhecimento/ devoção à Deus), Ásanas ( posturas), Pranayamas ( controle dos impulsos respiratórios), Pratyahara ( abstração dos sentidos), Dharana ( concentração), Dhyana (meditação), Samadhi (meditação profunda). Refletir sobre esses aspectos, nos auxilia um contato mais próximo de nós mesmos, o que possibilita no futuro atingirmos um estágio de maior elevação moral e espiritual.
As aulas somente auxiliarão que o aluno aprenda a técnica de forma correta para que possa praticar no dia-a-dia, ou sempre que possível. É uma prática que possibilita um retorno para dentro de si, o contato e a consciência das próprias necessidades...
NAMASTÊ!
“O Deus que habite em mim, saúde o Deus que habite em você...”
Comentários